Alimentação consciente a favor da nossa longevidade
Por Anamélia Poggi
Palestra 'Consumo Consciente e Longevidade' foi ministrada por Renata Nascimento, fundadora do Tulasi Mercado Orgânico (Foto: Jerônimo Poggi/Geração Xmais)
Ao ter como foco principal a alimentação orgânica, vinda da agrofloresta, num sistema de respeito à biodiversidade, tivemos o anúncio de uma primeira quebra de paradigma a favor da nossa longevidade: alimentação consciente. Este conceito, para Renata Nascimento, fundadora do Tulasi Mercado Orgânico, não se inclui apenas o que nutre nosso organismo. Inclui tudo que escolhemos para consumir alimentando nossa vida, até mesmo as relações.
Na quinta-feira (12), durante a palestra que ministrou como convidada da Geração Xmais, Renata trouxe consigo dois agricultores de Gloria de Goitá, município da Zona da Mata de Pernambuco, nos dando a conhecer a circulação da semente ao alimento que chega à nossa mesa. Atualizadas pesquisas nos surpreenderam pela conexão entre os venenos legais que ingerimos e as doenças que vêm numa curva crescente na atualidade.
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Tivemos, em contrapartida, as palavras do Sr. Alonso, de 75 anos, e ainda no cotidiano da lavoura: “O prazer de trabalhar sabendo que está cooperando com a humanidade não cansa; faz a gente viver mais”. Parece que ganhamos aí uma receita de ressignificação com respaldo em alguns princípios teóricos ali discutidos. Entre eles, a biodiversidade, garantindo a saúde do solo, e a sintropia valorando a visão de restaurar o ambiente natural para criar áreas de inclusão permanente. Da mesma forma, numa reação de inclusão permanente, a nossa busca pelos caminhos do envelhecer. A escolha de uma vida sintrópica, seria a garantia de um pensar positivo para a ação, diferindo da entropia onde se viveria combatendo doenças, evitando dores , na ênfase dos problemas por onde a energia se dissipa.
Encontramos nesta visão sistêmica colaborativa, o espaço para abundância e generosidade, cumprindo o pensamento de Sócrates “o grande segredo para plenitude é muito simples: compartilhar”.
Citando os 17 objetivos escolhidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) para indicar sustentabilidade sob a visão do tripé de desenvolvimento econômico, social e ambiental, Renata nos deixou a pensar qual o papel de cada um no macro-organismo. Se somos um só organismo em busca de sintropia.
Ao final, a mobilização da plateia foi medida pelo desejo de ir ao campo, participar de um mutirão de plantio de mudas, estar próximo daqueles que, em vídeo, nos deixaram curiosos, além da realidade da permacultura (cultura permanente), que desconhecemos. Tudo estará acontecendo numa vivência coletiva, inclusive ao dividir uma mesa orgânica de delícias saudáveis. E foi assim começando, que terminou nosso primeiro encontro 2020.
