O lirismo no Bloco das Ilusões


Geração Xmais está com programação especial em clima de Carnaval (Foto: Jerônimo Poggi/Geração Xmais)
Fundado em 1985 pela saudosa Carminha Freire. Nasceu para nos fazer sorrir e proporcionar a participação das esposas dos diretores do bloco Galo da Madrugada, no seu desfile. As fantasias geralmente são bem elaboradas com temáticas tradicionais e nós, seus foliões, amantes do lirismo. Os frevos líricos, definidos tradicionalmente como “marcha de bloco” são executados por orquestras de sopro, bandolins, violões, violinos e outros. Segundo Leonardo Dantas, os frevos de bloco são o registro “da melhor parte da poesia do carnaval pernambucano”.
Segundo os pesquisadores, o Bloco das Ilusões agrega mais uma característica do Carnaval de Pernambuco nas primeiras décadas do século 20: a participação efetiva das mulheres de classe média nas ruas do Recife e Olinda.
Hoje, com a emoção e liderança de Ana Nery Menezes, inspirada no exemplo e dedicação de sua mãe, Carminha Freire, nos ensina que as ilusões são pensamentos necessários. Pensamos sem querer pensar, mas sabemos que precisamos delas. São como as nuvens que ora se parecem com pássaros, ora com elefantes, ora já viraram árvores…
O bloco das Ilusões, é também coisa de inspiração e razão de viver. Penso que a escolha desse nome foi e será sempre a possibilidade de entender que a vida sem ilusão é trágica e sem carnaval, desilusão. Somando tudo isso, ainda nos presenteia com o lirismo das suas canções.
Hino nº 3 – Bloco das Ilusões (tirei de ouvido)
O bloco das ilusões chegou
Pra brincar o Carnaval do amor
Esse amor que a gente tem na vida
E que busca sem fim
Viemos trazendo alegria
Com a nossa fantasia
E a paz nos nossos corações
Fugimos das desilusões
Capiba vivemos a nossa mocidade
Cantamos pelas ruas a nossa cidade
Contando a todo mundo
O que vale e o que é
O bairro de São José