O valor dos bens invisíveis na era da longevidade

Anamélia Poggi Por Anamélia Poggi

(Foto: Rawpixel/Banco de Images)

Geral, publicado em 24/09/2019

Há coisas que o dinheiro não compra, não são vendidas e não são vistas, mas que fazem a gente muito feliz. Estamos falando dos bens invisíveis – aqueles que falam de valores essenciais e que, uma vez reconhecidos, fazem com que se monte coletivamente o quebra-cabeça da longevidade com qualidade. Eles preenchem o vazio entre o velho de ontem e o de hoje. Pelos antepassados terem vivido de modo inconsistente, para o mundo atual os idosos de hoje não têm referências. Culturalmente velhice é perda, e nosso desafio, enquanto Geração Xmais, é trazer à tona os ganhos embutidos.

Se, para alguns, o estilo de vida tornou-se aprisionante, resultado das defesas desenvolvidas, atividades que levem ao autoconhecimento devem seguidas daquelas que abram espaço para exercício de escolhas, em que assujeitados – que vinham sendo apenas escolhidos – possam decidir.

A longa vida prevista, sem mais obrigações de escola, faculdade ou trabalho, não é fácil. Ela depende da criatividade de cada um ao se envolver e se desenvolver para vir a florescer como uma flor de outono.

Vamos conhecer melhor os bens invisíveis?

O primeiro que desponta, na nossa proposta de longevidade, é significado: encontrar significado na vida; dar sentido à vida. Em seguida, vem a visibilidade – e a que se deseja ao idoso não virá do seu carro novo, mas da sua coragem de ser (por exemplo: emitir opiniões).

Em terceiro lugar, ressaltamos a autenticidade, que pode se refletir de diversas formas, como no vestir. Depois, destacamos a compaixão, podendo fazer acontecer relações maiúsculas. E por último, mas não menos importante, vem o desapego, a fim de sair da tentativa vã de controlar tudo e sucumbir na ansiedade.

A nossa forma de lançamento busca fazer barulho com nossas imagens, passando a presença em nós de um bem invisível, por não ser palpável e estar na essência da vida: coragem para o envelhecer. Ou seja, o sentido que desejamos produzir na longevidade é um bem invisível.

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