Liliane Vieira Longman

Recifense, casada desde 1971, tem três filhas e quatro netos. Estudou na Escola Pública Experimental Governador Barbosa Lima e nos colégios São José e Vera Cruz. Casou-se com Sergio Longman e foi mãe jovem de Patricia, primeira neta das duas famílias. Participou na luta da redemocratização no Recife, ao lado do marido, Sergio Longman, no antigo MDB (sigla para Movimento Democrático Brasileiro).
Estudou letras na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). Após o nascimento da segunda filha, Carolina (hoje no YouTube com o canal A Moda Muda), fundou com a linguista e psicanalista Paulina Rocha e com outros pais e amigos, o Centro Suvag de Pernambuco para a oralização das pessoas com deficiência auditiva. Especializou-se no método Verbotonal em Zabreb em logopedia e audiologia.
Depois do aniversário de 15 anos da terceira filha, Cristiana, nascida com paralisia cerebral e surdez, descobriu e praticou junto com ela o aprendizado da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Começou uma nova jornada de desaprender o oralismo e volta a estudar as novas narrativas das diferenças e dos Estudos Surdos. Foi, por duas vezes, presidente do Centro Suvag do Brasil. Com o método Verbotonal e uma parte da equipe do Suvag, fundou o Cppl, outra organização não governamental (ONG), para trabalhar com crianças com psicose e autismo. Foi, por duas vezes, diretora de Educação Especial, criando as Unidades Interdisciplinares, os Comitês de Educação Especial nas 12 regionais em articulação com a sociedade civil e pública. Publicou o caderno ‘A Discriminação em Questão’ e os ‘Estudos Surdos’.
Fez mestrado em Políticas Públicas, publicando o livro ‘Memórias de Surdos’. Aposentou-se da clínica aos 55 anos. Criou com Tereza Campello o curso de pós-graduação em Estudos Surdos. Publicou no site, com os professores e alunos, a pesquisa Figurações Culturais, Surdos na Contemporaneidade.
No ócio da aposentadoria, organizou com o marido, em sua casa, os seminários mensais de Hannah Arendt com alguns amigos, além do Café com Poesia com Daniel lima. Entre outras coisas, gosta de cozinhar para os amigos mais chegados e, há 10 anos, é a chefona, como dizem os netos e sobrinhos-netos, da ‘Turma do Funil’.
Com a incerteza do conforto na velhice e o desafio de cuidar e preparar a velhice da sua filha tutelada e de uma sobrinha-neta autista, Liliane volta à arena da vida para realizar novos projetos com a Geração Xmais, que traz uma resposta à longevidade.